O Doutor Marco Antonio Quesada Ribeiro Fortes é graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutorado pela Universidade Federal de São Paulo, atualmente exercendo a função de cirurgião geral, mas com especialidade em prostatectomia robótica, uma cirurgia minimamente invasiva, contra a cura do câncer de próstata. Com mais de 20 anos de experiência na área, o especialista explica o que é Doença de Peyronie.
A Doença de Peyronie é uma anomalia, que se caracteriza pela formação lenta e dolorosa de uma placa fibrosa, um nódulo no pênis, provocando fortes dores, deformidade, disfunção erétil e dificuldade durante a penetração, ocorrendo, normalmente, em homens depois dos 50 anos. O problema é quase sempre perceptível a olho nu, não muito no começo, mas com o avanço do nódulo que se instala na túnica albugínea, a estrutura começa a ficar comprometida, pois perde elasticidade e provoca distorção e inclinação do órgão.
O Mestre e Doutor em urologia Marco Antonio Quesada Ribeiro Fortes diz que se trata de uma curvatura peniana ocasionada em determinada fase da vida do homem, (sim, pode acometer jovens também), geralmente como consequência de traumas ou microtraumas que ocorrem durante o ato sexual. E, em casos mais graves, a predisposição é que o pênis fique em formato de ‘L’, além de diminuir o comprimento.
O tratamento para esse problema inclui prevenção, porque há propensão genética, o que gera um tipo de curvatura diferente, conhecida como curvatura congênita, ou cirurgia para casos em que a tortuosidade peniana impede a ereção, penetração e causa dores. Por isso, observe o órgão com frequência, pois é normal ter uma curvatura, mas se ficar mais acentuada, não deixe passar despercebido, procure um médico urologista para diagnosticar o episódio.
O tratamento da doença de Peyronie consiste em duas técnicas:
- Cirurgia de Nesbit: O Doutor Marco Antonio Quesada Ribeiro Fortes diz que consiste na correção da curvatura com o encurtamento do lado oposto. A cirurgia deve ser realizada somente após a estabilização da curvatura, determinada pelo médico, e apresenta 80% de sucesso.
- Plicaturas paralelas: É uma variação da técnica anterior, onde é realizado de 3 a 5 plicaturas paralelas na túnica albugínea no ponto de maior curvatura, para que não tenha tanto encurtamento. O sucesso é de 95%, mas para o conforto do paciente, o urologista precisa utilizar um fio inabsorvível.