A Meta, empresa liderada por Mark Zuckerberg, está enfrentando um processo movido por mais de 30 estados americanos. A principal acusação é a decisão da empresa de não proibir filtros que simulam efeitos de cirurgia plástica em suas plataformas sociais, como Facebook e Instagram. Esses filtros são considerados prejudiciais à saúde mental dos adolescentes, especialmente das meninas.
Preocupações com a Saúde Mental
Os filtros que simulam cirurgias plásticas são acusados de promover dismorfia corporal entre os jovens usuários. Eles incluem efeitos que clareiam a pele, suavizam imperfeições, aumentam os olhos e até simulam lifting facial. Especialistas afirmam que esses filtros podem exacerbar problemas de autoimagem e autoestima entre adolescentes.
Ação Deliberada da Meta
O procurador-geral da Califórnia, Rob Bonta, que lidera o processo, afirma que a Meta agiu de forma deliberada ao manter esses filtros disponíveis, mesmo sabendo dos riscos. Documentos internos da empresa indicam que a Meta tinha conhecimento dos danos potenciais, mas optou por priorizar o tempo de uso dos usuários em suas plataformas.
Defesa da Meta
Em sua defesa, a Meta argumenta que filtros semelhantes estão disponíveis em quase todas as principais plataformas sociais e câmeras de smartphones. A empresa afirma que proíbe filtros que promovem diretamente cirurgias cosméticas, alterações na cor da pele ou perda de peso extrema. Além disso, a Meta destaca seu compromisso de uma década com a segurança dos jovens online, incluindo a introdução de mais de 30 ferramentas de suporte para adolescentes e suas famílias.
Contradições Internas
O processo também revela que, apesar das declarações públicas da Meta sobre a segurança de suas plataformas, dados internos mostravam que os usuários, especialmente adolescentes, sofriam danos desproporcionais ao passar muito tempo online. A empresa é acusada de utilizar algoritmos de recomendação que manipulam a dopamina dos usuários, incentivando o uso prolongado das plataformas.
Reações e Consequências
A revelação de que a Meta recomendava conteúdos inadequados, como vídeos sexualmente sugestivos, ao lado de anúncios de grandes marcas, gerou uma revolta entre os anunciantes. Algumas empresas suspenderam suas campanhas publicitárias nas plataformas da Meta, aumentando a pressão sobre Zuckerberg e sua equipe.
Medidas Futuras
Diante das acusações, a Meta pode enfrentar novas regulamentações e multas significativas. A empresa já está sob escrutínio por outras práticas controversas, e este processo pode intensificar a vigilância sobre suas operações e políticas de segurança.