Condições climáticas amenas contribuem para recuperação mais confortável, mas a disposição do paciente determina o melhor momento para realizar um procedimento
Busca por cirurgias plásticas no inverno aumentam em 50%: médico plástico avalia os benefícios de operar nesta estação
Condições climáticas amenas contribuem para recuperação mais confortável, mas a disposição do paciente determina o melhor momento para realizar um procedimento
São Paulo, julho de 2024 – Os dias frios chegaram e, com ele, muitas pessoas enxergam a oportunidade de investir na saúde, beleza e bem-estar, visando o Verão. De acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o volume de cirurgias plásticas e outros procedimentos estéticos pode aumentar em até 50% nos meses de inverno – as temperaturas mais baixas, período de férias e uma folga na agenda social fazem com que a procura por este tipo de procedimento se torne mais frequente. De acordo com Fabio Nahas, Diretor Científico Internacional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e Professor da Unifesp, a estação pode ainda oferecer vantagens significativas nos resultados alcançados.
Segundo o médico, as condições climáticas amenas do período podem contribuir para uma recuperação mais confortável e tranquila. Além disso, a possibilidade de se afastar de compromissos sociais intensos, mais constantes no verão, pode ser fator favorável para dedicar-se totalmente ao processo de recuperação. No entanto, é fundamental destacar que “cada paciente é único, e a decisão de realizar uma cirurgia plástica deve ser baseada em uma avaliação completa e personalizada do caso, levando em consideração os fatores médicos e as metas estéticas desejadas”, afirma Nahas.
O cirurgião diz ainda que o aumento da procura por cirurgias plásticas no inverno deve-se, também, à contraindicação de exposição ao sol no pós-operatório. “É indicado que o paciente fique de seis a oito meses sem exposição solar, uma vez que os raios UVC, UVB e UVA podem comprometer a cicatrização”, explica o Nahas.
O médico ressalta, no entanto, que as tecnologias e facilidades tornam a cirurgia segura o ano todo. “Ainda que o período de inverno seja o mais favorável para o paciente, ele deve se sentir seguro em relação ao processo de recuperação em qualquer outra época do ano. Atualmente, há soluções simples e que tornam o pós-operatório confortável, como o uso de protetor solar, roupas com proteção UV e ar-condicionado”. Nahas conclui que o melhor período para a realização da cirurgia é quando o paciente está disponível e preparado nos sentidos físico e psicológico.
Sobre Fabio Nahas
Com mais de 30 anos de carreira, Fabio Nahas é um dos cirurgiões plásticos mais renomados do país. Diretor Científico Internacional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, foi vice-presidente da ISAPS (Sociedade Internacional de Cirurgia Estética) e é especializado em Cirurgia Plástica e Reconstrutora.
Fabio Nahas é formado em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, com especialização em cirurgia geral e em cirurgia plástica pela USP. Realizou “fellowship” em cirurgia plástica na Universidade do Alabama, em Birmingham, nos Estados Unidos, tem Doutorado pela Faculdade de Medicina da USP e é Livre-Docente pela Unifesp / Escola Paulista de Medicina. Atualmente, se divide entre a clínica particular, na região da Avenida Brasil, em São Paulo, e a vida acadêmica. É Professor Orientador de Teses de Mestrado e Doutorado e Professor da Escola Paulista de Medicina (Unifesp). É também Editor Associado do Aesthetic Plastic Surgery Journal, órgão oficial de publicações científicas da International Society of Plastic Surgery (ISAPS).
O cirurgião conta com diversas contribuições científicas, com mais de 400 publicações, artigos e estudos na área de atuação. Nahas tem seis livros publicados e realizou conferências e cirurgias em 33 países, em universidades como New York University, Universidade de Pittsburgh, Universidade da Califórnia em São Francisco, Clínica Mayo, Universidade de Toronto, entre outras.